Cientistas pedem cuidados com as Cavernas de Vallemí – Paraguai

Fonte – Baseado em:  ABC Digital (Paraguai)

Griselda Mazó (Federacão Paraguaia de Espeleologia), Efraín Mercado, Estella Allende (Fundacão Cavernas Paraguai), Jorge Yáñez e Ángel Graña (da esquerda para direita).

Cientistas espeleólogos que visitaram as grutas de Vallemí assinalaram que é urgente proteger e explorar sabiamente esse recurso natural. Eles afirmam que mediante um bom projeto, as cavernas podem ser converter em uma grande atração turística, e um novo campo para a pesquisa científica.

Os três profissionais são membros da Federação Espeleológica da América Latina e Caribe (FEALC) e estiveram em nosso país convidados pela Fundação “Cavernas Paraguai, Conhecer e Proteger”.

Esta entidade, junto com as autoridades municipais e legislativas, além dos diretores da Indústria Nacional de Cimento (INC), organizou uma visita às cavernas de Vallemí (departamento de Concepción), onde os cientistas observaram e coletaram alguns dados sobre situação atual destas cavidades naturais.

Os espeleólogos que estiveram em Vallemí são o porto-riquenho Efrain Mercado (Presidente FEALC), o cubano Ángel Graña e o Hondurenho Jorge Yáñez.

Os profissionais coincidiram ao assinalar que as cavernas de Vallemí representam uma riqueza natural imensa, que devem ser bem protegidas para que possam ser preservadas ao longo do tempo. Afirmaram que existe perigo do trabalho de mineração realizado nas imediações prejudicar as cavernas, tornando-se necessário buscar alternativas viáveis ​​para gerar outro tipo de trabalho para os trabalhadores da mineração ou, pelo menos, afastá-los das cavernas.

Graña afirmou que as cavernas de Vallemí possuem condições ideais para exploração turística, porém se deve fazê-lo sabiamente, sem prejuízo das áreas que devem ser conservadas tal como estão. Ele assinalou a necessidade de um projeto educativo para que se possa despertar a consciência nas pessoas e nas autoridades para que se promulguem leis que protejam as cavernas.

Ele assegurou que além do aproveitamento turístico que se pode dar à área, gerando emprego para os moradores, as cavernas têm uma grande variedade de flora e fauna a serem pesquisadas cientificamente. “Por um lado se deve explorar o turismo, mas se deve deixar espaço para a pesquisa científica”, afirmou Graña.

O profissional, que também é membro da União Internacional de Espeleologia (UIS), vai entregar um relatório final sobre as cavernas tanto para a UIS como para a FEALC.

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