Presidenta Dilma Rousseff assina decreto criando o Parque de Conservação Nacional Furna Feia – Maior complexo de cavernas do RN

Fonte: Jornal O Mossoroense

Na cerimônia de comemoração ao Dia do Meio Ambiente, celebrado ontem, a presidenta Dilma Rousseff anunciou um pacote de medidas para a área ambiental que inclui a criação e a ampliação de unidades de conservação e a homologação de áreas indígenas. Entre as medidas foi criado o Parque Nacional Furna Feia, situado entre os municípios de Mossoró e Baraúna.

Furna Feia

As novas unidades de conservação tem o objetivo de preservar os ecossistemas na área, como a Caatinga e as cavidades naturais subterrâneas. O Parque Nacional de Furna Feia está entre as primeiras unidades de conservação criadas pela presidenta Dilma em sua gestão. No Rio Grande do Norte, há mais de 30 anos nenhuma unidade federal havia sido projetada.

Gerente de Gestão Ambiental, Mairton França destaca que uma vez criado o Parque será elaborado um plano de manejo, com a formação de um conselho gestor, que direcionará as ações executadas no Parque Furna Feia. Segundo ele, a partir de então serão discutidas as necessidades de estruturação, e de como o Parque será utilizado, levando em consideração pontos como a inclusão dos nativos dessas regiões nas atividades que serão promovidas.

O sítio espeleológico da Furna Feia é uma região de cavernas que abriga o maior complexo de cavernas do Estado. Furna Feia é situada em uma área de mais de 10 mil hectares, sendo 50% de sua área situada em Mossoró, e os 50% restantes em Baraúna.

Até o momento, mais de 200 cavidades foram encontradas no espaço. No sítio espeleológico também foram detectadas cerca de 105 espécies de plantas, com destaque para a Aroeira do Sertão, árvore típica da caatinga, que está em extinção, e 135 espécies de animais, várias nas listas oficiais da fauna em extinção. No local, há também duas espécies de plantas Pau-Branco.

Cerca de 40% da área para a instalação do Parque fazem parte da reserva legal do Projeto de Assentamento Rural Maisa, que tem 4.043 hectares, e é um dos maiores e mais importantes remanescentes da caatinga do Estado, com fauna e flora ainda bem preservadas e bastante representativas.

Levantamentos apresentados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sinalizam uma biodiversidade diversa, sendo 22 espécies endêmicas da caatinga; 23 espécies de mamíferos e 11 espécies de répteis.

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