Fonte: Primeira Mão
Sergipe tem atualmente 24 cavernas cadastradas na SBE – Sociedade Brasileira de Espeleologia. Porém, há a confirmação de mais 05, ainda não cadastradas, e municípios com potencial para muito mais. A informação foi prestada pelo espeleólogo, Elias da Silva, presidente do grupo Centro da Terra que estuda o tema e realiza pesquisas no território sergipano.
Das cavernas conhecidas em Sergipe poucas podem ser exploradas pelo turismo convencional, pois além de serem pequenas, possuem em seu interior elementos que dificultam a visitação e que tornam a caverna frágil. Algumas delas possuem grandes concentrações de morcegos, passagens muito estreitas e tetos baixos, além de altas temperaturas, conforme Elias da Silva.
Apesar disso há algumas que oferecem potencial turístico podendo atender ao turismo de massa, especificamente o turismo cultural ou ambiental. As outras até poderiam ser visitadas com fins turísticos, mas apenas atendendo a um segmento mais específico como o turismo científico, oferecendo objeto de estudo para pesquisadores de diversas áreas, pois algumas das cavernas sergipanas possuem características peculiares e promissoras para a pesquisa científica.
AS MAIORES – As três maiores cavernas sergipanas são a Toca da Raposa, em Simão dias (250m); Casa de Pedra (conhecida localmente como Gruta da Ribeira), em Itabaiana ( 220m); e a Gruta da Miaba, em São Domingos (atualmente com 170m, mas recentemente estamos descobrindo novos condutos, havendo potencial para ser bem maior). As menores cavernas são os abrigos sobre rocha da região de Canindé do São Francisco, com pinturas rupestres e que possuem entre 3 a 6m, mas há outras em Laranjeiras com menos de 10m de desenvolvimento linear.
O município sergipano com maior concentração de cavernas confirmadas é Laranjeiras, que possui 10 das 24 em todo o estado. As demais cavernas estão distribuídas nos municípios de Divina Pastora, Rosário do Catete, Maruim, Japaratuba, Itabaiana, São Domingos, Macambira, Lagarto, Simão Dias, mas ainda há diversos municípios com relatos de cavernas e que ainda não foram prospectados pela nossa equipe.
“Em algumas dessas cavernas a comunidade entra até os salões principais que são mais próximos a entrada e iluminados naturalmente, mas em outras apenas entram pessoas com interesse em prospecção e pesquisa, a exemplo do pessoal do grupo que faço parte, o CENTRO DA TERRA – Grupo Espeleológico de Sergipe”, concluiu.
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