Relato: Topografia do Conjunto Morro Preto – Couto (PETAR), 12 de Outubro de 2012

Em 1909 o alemão Sigismund Ernst Richard KRONE descreveu a Gruta do Morro Preto I (SP 021) e a Gruta do Couto (SP 020), localizadas no Núcleo Santana, Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira como duas cavidades distintas. Décadas depois as explorações espeleológicas revelaram que se tratava de uma única cavidade com conexão hidrológica transponível, além de conexão superior. Mesmo com comprovada ligação das duas cavidades, até hoje se encontram cadastradas independentes, com 832 metros e 471 metros de desenvolvimento (Projeção Horizontal), respectivamente.

Geologicamente, segundo Karmann (1994), elas são a mesma cavidade em diferentes fases de evolução. O novo mapeamento visa à elaboração de um mapa completo e propondo a “união formal” das duas cavidades com desenvolvimento único, a exemplo de outras cavidades descritas por Krone e conectadas posteriormente, sem prejuízo dos atributos históricos.

Galerias e salas não representadas nos mapas anteriores já foram identificadas e mapeadas, além do futuro mapeamento da continuidade subaquática, sugerindo uma considerável evolução no desenvolvimento do conjunto, hoje com total de 1.303 metros (Projeção Horizontal)

Nessa atividade do dia 12 de Outubro de 2012 focamos a continuidade do mapeamento, o inicio da exploração vertical da cavidade, e a documentação fotográfica.

A topografia avançou no detalhamento do grande salão, se aproximando da parte final do mesmo e seguindo rumo à galeria do rio. Com o objetivo de detalhar ao máximo o relevo desse trecho a topografia está sendo executada com inúmeras poligonais em sequência.

Em nossa penúltima atividade na caverna, observamos um conduto vertical na parede esquerda, com aparente continuidade superior. Enquanto parte da equipe prosseguia com a topografia, alguns integrantes se dedicaram a essa conquista vertical. A partir de um patamar intermediário acessado através de um quebra corpo vertical, foram aproximadamente 2 horas de conquista, com escalada em artificial, subindo por volta de 17 metros. Alcançando o topo a galeria horizontal prosseguiu por apenas 3 metros e fechou. Outros pontos com potencial vertical foram identificados, a exploração continua.

Paralelamente realizamos uma breve documentação fotográfica que apresentamos a seguir.

Galeria de fotos:

 

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