UFRJ promove exposição diferente sobre arte rupestre brasileira – GPME mantém atuação na região de Central, Bahia

Fonte: Terra

Mostra integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2012 e terá a entrada franca. Foto: Divulgação

Uma exposição organizada pelo setor de Arqueologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) trará aos visitantes uma rara oportunidade de conhecer um pouco do que o homem pré-histórico vivenciava, produzia e acreditava através de desenhos e pinturas feitos em grutas numa região que abrange 100 mil km² de pesquisas e escavações.

Chamada de Arte Rupestre Brasileira, a exposição ocorre de 16 a 19 de outubro no Pilotis da reitoria da universidade, na Ilha do Fundão. A mostra integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2012 e terá a entrada franca.

Na exposição serão apresentadas 20 reproduções de pinturas feitas em grutas, abrigos, cânions e boqueirões descobertos nas pesquisas de campo do “Projeto Central”, região do município de Central, na Bahia, estudada desde 1982 pela equipe de arqueólogos da professora Maria Beltrão. Lá fica a “Toca da Esperança”, o sítio arqueológico mais antigo das Américas, onde estima-se que a presença do homem date de 300 mil anos atrás.

Além de apreciar a arte rupestre e aprender sobre os ancestrais de nossos indígenas, o visitante poderá também participar de atividades lúdicas gratuitas como as Oficinas de arte rupestre e de simulação de escavação arqueológica. Segundo a professora Martha Locks, uma das organizadoras da mostra, as oficinas ajudam a despertar o interesse de crianças e do público em geral pela arqueologia e suas descobertas fascinantes.

Maria Beltrão destaca a sustentabilidade na mostra, através da preservação do patrimônio arqueológico. “A arte rupestre possibilita conhecermos um Brasil desconhecido e perceber como o homem pré-histórico era avançado em diversas áreas, como na preservação do meio ambiente. Além disso, muito do que se vê hoje na arte moderna tem inspiração nas pinturas rupestres”, afirma.

As pinturas rupestres encontradas nessa região revelam, por exemplo, que o homem pré-histórico se guiava pelos astros para plantar e caçar, conhecia astronomia, tinha religiosidade, acreditava em mitos, magia e gostava de dançar.

Veja abaixo algumas curiosidades que poderão ser explicadas na exposição: 
– Para pintar o homem pré-histórico brasileiro usava tintas de origem mineral e vegetal, misturadas a gordura, sangue e urina
– As pinturas eram feitas com os dedos, soprando um canudo, com penas de pássaros ou com um pincel feito de pelo animal amarrado a um espinho ou graveto
– As cores usadas eram vermelho, preto, branco e amarelo
– As figuras retratam biomorfos (seres vivos): homens, animais e plantas.
– Muitas pinturas retratam fenômenos e objetos celestes, tais como cometas, sol, lua, constelações e a via láctea. E também fenômenos astronômicos (eclipses, calendários solares e lunares)

 

Nota do GPME:

O Grupo Pierre Martin de Espeleologia mantém projeto de levantamento espeleológico na região de Central, Bahia. Saiba mais:

Expedição Serra do Calcário 2007/2008, Central-BA

2ª Expedição Serra do Calcário, Central-BA, de 27/12/2010 a 03/01/2011

Parceiro do Projeto Idéia Fixa parte para expedição na Bahia

Resumo Carste 2007 – Levantamento Espeleológico da Serra do Calcário, municípios de Central, Itaguaçu da Bahia e Jussara – BA

Painel Carste 2007 – Levantamento Espeleológico da Serra do Calcário, municípios de Central, Itaguaçu da Bahia e Jussara – BA

Leave A Comment