Riqueza natural (cárstica) do Tocantins é ameaçada pelo crescimento urbano

Fonte: G1 Tocantins

Município de Lagoa da Confusão é o portal de entrada da Ilha do Bananal.
Lago que dá nome à cidade é poluído com esgoto e lixo.

Rocha de calcário que aparece na superfície do lago, confunde navegantes e banhistas porque parece mudar de posição. Crença popular inspirou o nome do município (Foto: Sydney Neto/TV Anhanguera)

Rocha de calcário que aparece na superfície do lago, confunde navegantes e banhistas porque parece mudar de posição. Crença popular inspirou o nome do município (Foto: Sydney Neto/TV Anhanguera)

Em Lagoa da Confusão, no oeste do estado, a variedade de animais silvestres e a pedra localizada dentro do lago, são as atrações do local. A pedra ficou famosa porque se destaca na superfície do lago e, diz a crença popular, muda de posição a cada chuva. Assim, a rocha de calcário sempre confunde quem tenta orientar a localização por ela.

O município é o portal de entrada da Ilha do Bananal e do Parque Nacional do Araguaia, duas das maiores riquezas naturais do Brasil. Mas o cenário encantador convive com as ameaças do crescimento urbano. As construções nas margens do lago aumentam ano após ano. São bares, casas e até banheiros públicos que ficam próximos à água. Os imóveis não têm rede de esgoto e as fossas são usadas a menos de 100 metros do que deveria ser preservado.

Sem fiscalização, o espaço está abandonado. O lixo deixado pelos visitantes polui a paisagem e o meio ambiente. Quem navega no lago pode ver as manilhas, que levam a água que escoa por toda a cidade, sem nenhum sistema de filtragem. Francisco Donizete Cezário é guia de turismo na região, e diz que as manilhas despejam muita sujeira no lago. “Toda a sujeira que tiver na rua a água traz [leva para o lago]. Cachorro morto, gato morto, tudo”.

O secretário de Meio Ambiente do município, Anderson Patrick de Oliveira, disse que tudo foi autorizado pelos órgãos ambientais e tem licenciamento. Mas ele conta que sabe da existência de riscos. “Nós recebemos autorização da Foz [Saneatins, empresa de saneamento] e foi feito um levantamento. O único lugar que teve como fazer [as manilhas] foi ali. O local mais alto que não teria risco à lagoa”, explica.

Veja o vídeo: Riqueza natural do Tocantins é ameaçada pelo crescimento urbano

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