Fomos eu, Jurandir e Carlos Maldaner à região do bairro Passa Vinte, na estrada da Serra para Apiaí.
A ideia seria reencontrar a Gruta do Calcário Branco.
Um dia antes de sairmos passamos pra pedir orientação ao JJ, ali mesmo no bar…
Ele falou das trilhas, do relevo e das encostas de morros, das águas diferentes, pois lá é região de contato filito-calcário, e das referências de árvores pelo caminho.
Ao final da explicação o JJ olhou bem na nossa cara e soltou uma grande gargalhada dizendo: “oces vão se perdê no mato, Há, Há, Há,…..!!!”
Aí a gente não podia desistir, pois era questão de honra!!! Mas a gente sabia que se perderia mesmo, só não admitiríamos na frente dele!!! kkkk
Acordamos cedo e seguimos nosso objetivo. Ficamos o dia todo batendo mato, encontramos duas cobras pelo caminho, muito sobe e desce de morros, e por várias vezes nos lembramos das risadas que o JJ estaria dando às nossas custas… Mas não desistiríamos!!!
Nos perdemos algumas vezes, mas com perseverança, GPS e muita cabeça dura, a certa altura encontramos uma encosta de morro com a descrição do JJ.
Na primeira água experimentamos o gosto e não parecia ser de calcário… O Carlos duvidou de nossa convicção e paladar “caverneiros”, mas eu e Jurandir resolvemos seguir.
Uma hora depois achamos outra água, e desta vez tinha gosto de calcário. Apostamos que era promissora e quando subimos a encosta quase vertical, acompanhando o riacho, encontramos a caverna!!!
Aí sim o Carlos acreditou em nosso paladar “caverneiro”!!!
Fizemos um croqui que confirmou que era, de fato, a caverna certa!!!
Na volta ao Bairro Serra mostramos o material ao JJ que não parava de rir de nossa aventura!!!
Ele afirmava que a gente tinha se perdido mas… admitir, jamais!!!
Até hoje fico em dúvida se ele realmente duvidava de nossa capacidade, ou se foi estratégia do veterano mexendo com o brio dos novatos… Confesso que a tática dele deu certo!!!
Na verdade, enquanto o JJ ria (“oces vão se perdê no mato, Há, Há, Há,…..!!!” ), eu pensava comigo: “Imagina, o Jurandir vai junto, não tem como a gente se perder!!!”. Depois de toda a aventura, o Jurandir confessou que, como eu estava com o GPS, ele tinha certeza que a gente ia dar conta de voltar. E o Carlos imaginou que, comigo e o Jurandir, tudo estava sob controle!!!
Boas memórias de nosso grande mestre e amigo JJ
Relato narrado por Francisco José Sarpa Lima (Chico).
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