Foi durante a The Swazi-Swedish Caving Expedition – 2012, to Gobholo Cave, Swaziland quando uma equipe formada por espeleólogos suecos convidados e pela Swazi Trails Adventure, após três semanas explorando e pesquisando a Caverna Gobholo na Suazilândia, África do Sul.
A estimativa do grupo é de que é que a caverna se estenda por cerca 4 a 6 km, o que, potencialmente, já elevaria esta caverna à condição de maior do Hemisfério Sul, – posição ocupada atualmente pela Gruta do Riacho Subterrâneo (SBE SP-700), no Município de Itu/SP com atuais 1.249 metros – e candidata a ser a maior do mundo em rocha granítica.
(1) Imagem da caderneta de croqui
A expedição mapeou (1) aproximadamente 200 metros de um conduto considerado principal com diversos outros condutos secundários transversais. A maior parte do tempo da expedição foi dedicado à exploração subterrânea, o que permitiu a estimativa elevada e a constatação precoce de que a caverna apresenta pouco desnível ao longo de sua extensão.
A prospecção superficial (2) executada em paralelo, levou à descoberta de diversas cavidades menores que, provavelmente, devam conectar-se à Caverna Gobholo e que, por esse motivo, inclui a região no cenário espeleológico internacional.
(2) Morfologia da superfície sobre a caverna
A caverna é atravessada pelo Rio Gobholo, bem volumoso mesmo em época de seca, que ressurge após atravessar o granito por cerca de 1,7 km. Segundo o grupo, o rio tem grande importância para a evolução do meio subterrâneo. Em uma das expedições, o grupo descobriu uma pequena fonte termal (3), o que poderia indicar que as estruturas que formaram a caverna serem profundas o suficiente para transportar águas termais.
O grupo também encontrou fragmentos de cerâmica no interior da caverna, alguns contém, inclusive, frações de matéria orgânica requerendo aplicação de C14 para datação das peças.
(3) Fonte de água termal
Inúmeras amostras fauna e de espeleotemas (4) foram coletadas, estes últimos com destino certo para análise do professor Juan Ramon Vidal, da Universidade de Coruña, Espanha, também colaborador informal dos trabalhos do GPME em relação às cavernas em granito mapeadas pelo grupo.
(4) Espeleotemas
Já se planejam novas investidas à caverna no intuito de dar continuidade ao trabalho de mapeamento e pesquisa científica sobre o patrimônio espeleológico e cultural existente na Caverna Gobholo.
O GPME sempre valorizou e procurou dar ciência ao público da existência de cavernas em granito. Por vezes desacreditadas, as cavernas em granito podem conter diversos atributos encontrados nas cavernas em rochas carbonáticas, merecendo a mesma atenção das autoridades competentes no âmbito da conservação ambiental.
Parabenizamos a equipe da expedição Gobholo e desejamos sucesso na documentação e confirmação das estimativas para a caverna.
Este artigo é resultado de compilação, tradução e edição de dados e informações das seguintes fontes:
cavingnews.com/20120818-the-2012-swazi-swedish-caving-expedition-to-gobholo-cave
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