23, 24 e 25 de setembro/2022- Incursão à Caverna de Santana – PETAR

  1. OBJETIVO
  1.  – O objetivo dessa incursão ao Salão Taqueupa, foi o de averiguar como estão os acessos (cordas, fitas de ancoragem e pontos de ancoragem), para se chegar até os salões superiores, visto que a entrada do portão fica em torno de uns 30 metros de altura do leito do rio.

                   A verificação da qualidade das cordas, sistemas e pontos de ancoragens, foi feita com o intuito principal de se viabilizar uma rota segura para a equipe do GPME, fazer o mapeamento nestes salões que são considerados, verdadeiros paraísos, com formações lindíssimas, que destoam pela variedade e delicadeza dos espeleotemas das demais grutas e cavernas aqui do Brasil.  

  • CHEGADA DA EQUIPE

– Chegada da equipe, (dia 23): Membros do GPME, começaram a chegar na noite do dia 22 e 23 de madrugada, alguns se dirigiram para a casa do Alfredão, outros para a casa do Eduzão e algumas pessoas foram para o alojamento do parque.

   Eu cheguei com a Magu no dia 23, por volta das 13 horas, fomos direto para casa do Eduzão, pois, a parte do grupo (Jaque, Gilson, Lucas, Marcio e Murilo), já nos aguardavam lá para ajudar a levar alguns equipamentos para o Salão Ester, para a equipe de mergulho do dia seguinte.    

  • ATIVIDADES – (Dia 23)  

– Incursão ao Salão Ester na Santana: Como já dito anteriormente, chegamos, eu e a Magu, por volta das 13 horas, e fomos direto para casa do Eduzão, pois o grupo já nos aguardava. Uma breve esticada de braços e pernas, por conta da longa viagem de SP até o bairro da Serra, aproximadamente 4 horas, e começamos a nos equipar, com roupa de frio por baixo (Neoprene), ajuste nas lanternas, bota, caneleira e luvas, e Ok. Pegamos nossa parte do material que deveríamos levar até o salão Ester, para auxilio da equipe de mergulho, que deveria entrar na Santana no dia seguinte. O objetivo dos mergulhadores, era tentar transpassar o sifão Menezes, que em teoria foi adentrado pelo Sérgio Beck a mais de 30 anos atras. Mas nossa equipe (Marcello, Gilson, Lucas e Flavio), teria outro objetivo, adentrar ao salão Taqueupa, com o intuito de efetuar um levantamento da qualidade do acesso. Mas isso seria no dia seguinte, pois nessa sexta feira deveríamos auxiliar a levar alguns equipamentos, para nossos companheiros mergulhadores.

  Passamos por todos os 5 lagos, até o salão Ester, nosso objetivo nesse dia, foi o de levar,  instalar e testar a comunicação, para isso utilizamos o sistema Nicola, a Magu foi a coordenadora de montagem e operação, também levamos equipamentos para o ponto quente estabelecemos onde seria o ponto quente para a equipe de mergulho. Lucas fez alguns registros fotográficos.

(Dia 24)

  O grupo começou a acordar por volta das 7:00 horas da manhã, tomaram café as 8:00hs e começaram a arrumar os equipamentos as 9:00hs, pois deveríamos nos encontrar no quiosque do estacionamento do parque as 10 horas. Parte do grupo estava hospedado no Alfredão, outra parte no Eduzão e uma outra parte no alojamento do parque.

  Após a arrumação, nos dirigimos para o quiosque, pois não queríamos nos atrasar, para a distribuição de equipamentos e tarefa. 

  Enquanto a equipe do mergulho, separava os equipamentos para que as mais de 15 pessoas, pudessem de certa forma levar o peso de forma distribuída para o salão Ester, sem sobrecarregar um ou outro.

   A equipe do mergulho, partiu do quiosque, por volta das 12:30 rumo ao salão Ester.

   Eu o Gilson e os dois membros da equipe de comunicação, nos dirigimos para a curva do Lajeado, pois no teste do dia anterior, esse ponto foi o mais viável para se estabelecer uma comunicação eficiente com o sistema Nicola, adquirido pelo nosso grupo dos franceses que aqui vieram para ministrar cursos de resgate em caverna.

   A ideia era posicionar o Nicola, do lado de fora da caverna, praticamente na mesma coordenada de seu par, só que dentro da caverna, tentando manter as antenas de forma paralela.

   Após uma breve explanação sobre o uso do Nicola para a Yumi e o         , na curva do Lajeado, eu e o Gilson nos dirigimos para a entrada da Santana. Eram 14:00 horas, e deveríamos nos encontrar com o Lucas e o Flavio, na base do Taqueupa.

   Após adentrarmos na Santana, passamos por dois lagos, até chegarmos às cordas do Taqueupa, isso já era umas 15:30, o Lucas e o Flavio já nos aguardavam.

    Começamos a subir o primeiro lance de cordas, e já deu para perceber que além de puída, estava mal instalada, pois a mesma pegava em uma quina de canto vivo, tanto na subida, quanto na volta, e na volta eu fui o ultimo a descer, e havia uma parte de uns 15 cm da alma aparecendo, tive que fazer um nó de borboleta para isolar a parte ruim, e continuar descendo.

   Do leito do rio, até o portão de aço, calculo que teremos que trocar e realocar pelo menos uns 30 metros de corda.

   Após passarmos o portão de aço, temos mais um lance de uns 20 metros de corda, com um corrimão lamacento, passamos por um pequeno labirinto e já chegamos no próximo lance de corda de uns 15 metros, que nos leva até um vertical feito em um quebra-corpo, depois desse quebra-corpo, temos um pequeno lance de corda e mais alguns corrimão.

   Nesse trecho, começamos a visualizar formações extremamente delicadas, muitas elictitas e canudos, extremamente finos, tiramos nossos equipamentos e mochilas para passar essas formações, mas não sem perceber que precisaríamos desses equipos mais adiante.

   Pois após andar um pouco mais, chegamos a mais um lance vertical de uns 15 metros, cuja ancoragem foi feita com fitas tubulares em um grande estalagtite, com um pequeno corrimão de 5 metros.

   Descemos esse ultimo vertical e já nos deparamos com lindos travertinos brilhantes, havíamos desescalado um trecho bem exposto, para chegarmos ao salão Roncador, conseguimos entender que estávamos de fato no salão Taqueupa, pois estávamos abaixo da gigantesca coluna central do salão.  

    Desse ponto vimos que já estávamos a aproximadamente por volta de 7 horas na caverna e portanto de comum acordo, decidimos em voltar deste ponto. Foram aproximadamente 3 horas e meia de volta.

  • CONCLUSÃO FINAL

    A incursão ao salão Taqueupa, foi feita em um final de semana comum, e pelo que vimos em termos de material, parte das cordas e das fitas devem ser trocadas, as ancoragens devem ser reposicionadas, pois em vários pontos a corda atrita em cantos vivos.

    O que pudemos visualizar em termos de materiais, precisaremos:

    – 250 metros de 10mm para atividades verticais;

    – 40 metros de fitas tubulares;

    – 20 chapeletas;

    – 20 parabolts;

    – 20 malhas rápidas de aço inox tipo pingo;

    – 20 pedaços de mangueira para proteção de borda.

Leave A Comment