Depois de 40 anos de explorações grupo de espeleologia encontra um novo caminho. A Gruta se abre a 2050 metros de altitude na face norte da montanha
De Federico Magni
Lecco*, 1 de setembro de 2012 – Por setecentos metros dentro das entranhas da montanha. Depois de 40 anos de exploração, o interior da Grigna não para de surpreender. “Apesar da area cárstica em questão ter sido investigada por várias décadas, o conhecimento de seus vazios subterrâneos ainda está em um nível que pode ser descrito como embrionário”: mais uma vez os espeleólogos do Projeto InGrigna contam uma aventura, aquela das últimas descobertas feitas no mês de agosto nos meandros da montanha que é símbolo do Lago de Como.
E o mundo subterrâneo que se abre debaixo da pirâmide calcária que domina o ramo manzoniano do lago mais uma vez atraiu inclusive apaixonados poloneses. Os espeleólogos do grupo conseguiram atingir o recorde de 700 metros dentro do Abismo da Espada, uma gruta que fascina desde os anos 70.
“A retomada das atividades no interior do abismo no mês de agosto deste ano reservaram grandes e inimagináveis surpresas, explica o integrante do Projeto InGrigna Antonio Premazzi, que participou da exploração-. Superado o limite da exploração anterior, os espeleólogos desceram um poço com 120 metros de profundidade, atingindo um trato sub-horizontal caracterizado por uma galeria sinuosa de perfil alto mas muito estreita.
Superado também este obstáculo adicional, as explorações prosseguiram por ambientes ricos em espeleotemas até atingir um modesto curso d’água. Os exploradores seguiram ainda por poços verticais alteranados e desconfortáveis, parando momentaneamente a uma profundidade de 700 metros abaixo da cota da entrada.”
A gruta está a uma altitude de 2050 metros, na encosta norte da montanha, perto da trilha mais popular utilizada pelos escursionistas que sobem até o cume da Montanha Cainallo, acima de Esino Lario e do Abrigo Bogani. O abismo foi explorado há 40 anos pelos espeleólogos do Grupo Grotte Milano Cai Sem, quando se chegou a 150 metros de profundidade. Depois de décadas, no ano passado, o bastão passou a um grupo de espeleologia polonês, que se aproveintando do declínio da camada de gelo, desceu a 300 metros de profundidade. Neste ano foi o ataque decisivo, que chegou a -700metros.
“A continuação da exploração pode ser um componente chave para o conhecimento do ambiente subterrâneo da montanha. As galerias percorridas parecem de fato conduzir à parte mais profunda do Grignone, onde se supõe que existam grandes condutos sub-horizontais que escoariam a água infiltrada na montanha por Fiumelatte e outras fontes ainda não identificadas presentes no nível do Lago de Como”, diz Premazzi. As novas descobertas são o resultado de um trabalho de campo exploratório, onde espeleólogos “bateram” a montanha por duas semanas em agosto. Ao este evento de verão participaram, além dos integrantes dos grupos históricos, diversos espeleólogos de outras regiões da Itália, bem como do exterior.
Nota do GPME:
*Lecco é uma cidade italiana situada às margens do Lago de Como (lago de origem glacial do norte da Itália que está a 198m de altitude).
Este artigo é resultado da tradução da seguinte fonte: Il Giorno.
Caso queira utilizar nosso texto traduzido, por favor não se esqueça de citá-lo.
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