Fonte: G1
Equipe viajou ao país e inicia escavação na próxima segunda (1). Pesquisadores afirmam que gruta foi ocupada na época romana.
Uma equipe de arqueólogos catarinenses vai explorar uma gruta em Portugal. O grupo da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) viajou neste mês e inicia as escavações na próxima segunda-feira (1).
De acordo com a Unisul, os arqueólogos integram investigações do Instituto Politécnico de Tomar (IPT). O local explorado é o Sitio Arqueológico da Gruta do Bacelinho, que fica em Alvaiázere, no Centro de Portugal. O trabalho da equipe catarinense segue até setembro um curso avançado de mergulho científico e arqueologia subaquática que integrará a participação em trabalhos de escavação.
Ainda conforme a instituição, a gruta tem mais de 500m² e galerias submersas, onde ocorrem os trabalhos de arqueologia subaquática. “A arqueologia subaquática não são só naufrágios e é importante que os futuros arqueólogos tenham essa consciência e saibam como agir perante diferentes situações e contextos arqueológicos. A participação conjunta da Unisul e IPT nos trabalhos de campo permitirão enriquecer as pesquisas”, afirmou Alexandra Figueiredo, coordenadora do projeto.
Conforme a arqueóloga Deisi de Farias, na gruta já foram encontrados objetos cerâmicos, metais, fragmentos de recipientes em vidros, alguns elementos líticos e ossos faunísticos, que foram utilizados entre o período Romano e a época Medieval. “Pretendemos encontrar mais evidências da exploração da mina assim como os seus utensílios e demais artefatos que compunham aquele contexto histórico”, disse ela.
Segundo Alexandra, entre os objetos já encontrados destacam-se alguns artefatos de armamento romano, incluíndo duas espadas em ferro, que estarão brevemente patentes a público no Museu Nacional de Arqueologia.
“Podemos ter algumas surpresas bastante interessantes, pois a capacidade de descobrir vestígios orgânicos é bastante elevado, ainda que tenhamos que ter uma atenção redobrada pelos processos de degradação, que normalmente registramos em qualquer tipo de objetos provenientes destes ambientes”, explicou Cláudio Monteiro, conservador da equipe. Os trabalhos de escavação seguem até o dia 12 de julho.
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