Homem de Denisova viveu há cerca de 40 mil anos.
Existência da espécie foi descoberta em 2010.
Cientistas publicaram nesta quinta-feira (30) os resultados da análise do genoma de um hominídeo que viveu na Ásia há cerca de 40 mil anos. O estudo traz mais informações sobre o modo como os ancestrais do ser humano e outras espécies da mesma família se espalharam pelo planeta naquela época.
O homem de Denisova foi descoberto em 2010 por uma equipe liderada por Svante Pääbo, do Instituto de Antropologia Evolucionária, em Leipzig, na Alemanha. Denisova é o nome da caverna onde ele encontrou o pedaço de um dedo de uma garota pertencente à espécie, até então desconhecida. Essa caverna fica no sul da Sibéria, na Rússia.
Desse pedaço de dedo, Pääbo retirou o DNA para análise do genoma. A pesquisa publicada pela revista “Science” compara esse material ao de humanos modernos de diferentes origens étnicas, e também ao do homem de Neandertal, um hominídeo que viveu na Europa na mesma época em que o Denisova.
A pesquisa confirmou os resultados de um estudo anterior, que mostravam traços genéticos do homem de Denisova em populações nativas da Oceania e do Sudeste Asiático. No leste da Ásia e na América do Sul, os nativos são mais próximos do homem de Neandertal.
Só com o material genético da garota, os cientistas conseguiram perceber as diferenças entre os cromossomos que vieram da mãe e do pai. A partir daí, eles conseguiram ter uma noção da variedade genética da espécie.
A pesquisa concluiu que a variedade de genes dos humanos modernos é bem maior do que a do homem de Denisova. Isso demonstra, segundo os autores, que essa espécie se expandiu rapidamente por uma grande área de terra.
Outro mérito do estudo foi descobrir cerca de 100 mil alterações do genoma humano que aconteceram depois que humanos modernos e homens de Denisova se separaram na evolução.
“Essa pesquisa vai ajudar a determinar como as populações de humanos modernos se expandiram dramaticamente em tamanho e complexidade cultural, enquanto os humanos arcaicos vieram a definhar e se tornaram fisicamente extintos”, afirmou Pääbo.
Fonte: G1 – Ciência e Saúde
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