EXPEDIÇÃO GPME – ITUAÇU BAHIA

ATIVIDADES DA 2ª EXPEDIÇÃO CONJUNTA GAE (Grupo Araras de Espeleologia) e GPME (Grupo Pierre Martin de Espeleologia) – 2019/2020

21 à 27 de dezembro de 2019

Participantes GPME:  Gilson Tinen, Gustavo Carnevalli, Hanna Akemi Rocha Komuro, Patricia Luna Pereira, Sergio Komuro, Jaqueline Samila, Cristiane Machado, Marcello Vazzoler, Rafael Petermann, Marcos Tonolli, Lucas de Souza, Pâmela Nathara Yoshimuta.

Participantes GAE:

Célio Andrade; Deyvison Ribeiro; Franklin Sarmento; Nei Gondim Júnior; Willian Souza, Fernando Ávila (GPME E GAE).

1 dia:

Topografia da Gruta da Xiranha – Serra das Araras

Percurso de 2 Km de carro, caminhada de 15 minutos.

Caverna com painel de pinturas rupestres na entrada, com projeção horizontal de 58,5 m. localizada na escarpa da Serra das Araras.

Foi feita também uma exploração na caverna Calderon, nome dado com referência as possíveis escavações realizada naquela caverna pelo Arqueólogo Valentin Calderon no inicio da década de 60.

Após a saída de campo, tivemos uma confraternização, descontração e compartilhamento de conhecimentos, conversamos bastante sobre a parceria GAE /GPME e o quanto ela é valiosa para a espeleologia brasileira.

2 dia:

Expedição visita à Gruta do Mandacaru – Serra da Mangabeira

Percurso de 4 km de carro caminhada de 15 minutos

Caverna ainda não topografada apresenta singular formação com belíssimas ornamentações e uma significativa quantidade de flores de calcita, caverna de formação labiríntica, com sobreposições de piso.

3 dia:

Expedição exploração prospecção da Gruta do Funil – Baixa Grande

Percurso de 5 km de carro caminhada de 5 minutos;

Caverna ainda não topografada, caverna que só foi explorada a parte inicial pelo GAE e 2015, por conta de falta de equipamentos e técnicas de prospecção em técnicas verticais (na época de descoberta) não foi totalmente explorada.

A Gruta do funil inicia por um abismo de 15 m de profundidade que dá acesso a um grande salão com grande quantidade de sedimentos carreados da parte superior por águas de chuva, nesse salão inicialmente tivemos uma pequena dificuldade de respiração (acreditamos que pela grande concentração de material orgânico em decomposição) a sul da entrada da caverna tem uma pequena abertura que com uma certa dificuldade conseguimos transpor e tivemos acesso a um conduto com desnível bastante acentuado andamos por cerca de 300 metros chegando na parte inferior a um grande salão, bastante ornamentado por espeleotemas com basicamente calcita pura, estalactites, estalagmites, cortinhas e escorrimentos de variados tamanhos. Na saída fizemos um perfil topográfico (com linha de trena) medimos 64 m de desnível da Caverna do Funil. Iniciamos a expedição às 10 h e saímos às 18 hs. Momento de intenso compartilhamento de conhecimentos, técnicas verticais e de prospecção.

4 dia:

Atividade de exploração da Gruta do Parafuso e Gruta das Cortinas – Serra das Araras

Percurso de 3 km de carro, caminhada de 40 minutos

Caverna do Parafuso, totalmente horizontal;

Gruta das Cortinas, Entrada vertical com aprox. 40m, conduto, mais um vertical de 5m, passa por um corrimão com cerca de 15m, conduto e saída na escarpa da Serra das Araras com mais um vertical de

aprox. 20m.

Entrada permitida somente a espeleólogos e pesquisadores.

5 dia:

Visitamos a Gruta dos Coroás – Serra das Araras

Percurso de 3 km de carro, caminhada de 40 minutos

Vertical em uma dolina de 10 m, primeiro platô a 15 m.

Para a conquista, foi necessário usar ancoragens artificiais, o grupo desceu e descobriu que na verdade era um sistema conjunto, tinha ligação com a Gruta das Cortinas (topografia e descrição completa será realizada posteriormente).

Entrada permitida somente a espeleólogos e pesquisadores.

6 dia:

Gruta da Mangabeira  (Conduto principal e os laterais)

Percurso de 3 km de carro.

Caverna totalmente horizontal

Conhecemos a caverna (imponente!!), e exploramos um conduto lateral, o Salão Le Bret, muito ornamentado, rico em espeleotemas).

Entrada permitida somente a espeleólogos, monitores e pesquisadores.

7 dia:

Lapa do Bode – Serra das Araras

Percurso de 3 km de carro, caminhada de 20 minutos

Caverna totalmente horizontal

Caverna ainda em fase de exploração, muito ornamentada, rica em espeleotemas como flores de aragonita, estalactites, estalagmites, colunas, cortinas, e um espeleotema ainda não classificado, além de muitos fósseis, como do Ratão-do Banhado (datado em 22 mil anos), entre outros.

Exploramos um conduto novo, verificamos continuidade. Pela baixa quantidade de oxigênio no conduto, resolvemos voltar para explorar outro dia, mais tranquilamente, pois estávamos sentindo muito calor, respiração acelerada, sudorese, falta de ar.

Nessa cavidade, há também um lago, onde foi encontrado uma espécie de bagre albino, pela equipe do LES (UFSCAR), coordenado pela prof. Maria Elina Bichuette.

Entrada permitida somente a espeleólogos e pesquisadores.

8 dia:

Confraternização GAE/GPME de Ano Novo.

Visitamos A passagem Grande local onde o Rio Mato Grosso recebe o afluente Passagem grande; local bastante poços que propicia bom lugar para banho, visitamos o maior painel de pinturas rupestres já encontrado no município de Ituaçu, local que guarda registros que segundo alguns técnicos da área da arqueologia datam de mais de 2 mil anos, O GAE em parceria com as Universidades UESB, UFBA e UESC tem desenvolvido alguns trabalhos voltados ao estudos destes sítios arqueológicos.   

9 dia:

Gruta do Atoleiro – Serra do Capa Bode

Percurso de 25 km de carro. Caminhada de 1 hora

Caverna em Quartzito, com rio ativo ( a segunda maior do Brasil), a 1.118  metros de altitude.

Caverna totalmente horizontal com um trecho de arrasto por cerca de 30 metros

Caverna com espeleotemas raros (estalactites de sílica e gesso). Na expedição descobrimos condutos de significativa proporção, que ainda não foram topografados, Caverna com 1.300 m de desenvolvimento até hoje topografados.

Entrada permitida somente a espeleólogos e pesquisadores.

10 dia:

Retorno de alguns membros do GAE/GPME à Lapa do Bode, para as continuidade das explorações. Retorno do grupo para SP, dois associados ficaram para conhecer as grutas da Chapada Diamantina: Lapa Doce (topografia e mapa – GPME ) Lapa do Sol (Pinturas Rupestres), Torrinha (riqueza de espeleotemas), Fumacinha, Manoel Ioiô, Bolo de Noiva, Poço Azul, Poço Encantado.

GAE- GRUPO ARARAS DE ESPELEOLOGIA

DEIXAMOS AQUI TODO O NOSSO AGRADECIMENTO AOS NOSSOS ANFITRIÕES DO GAE- GRUPO ARARAS DE ESPELEOLOGIA PELA RECEPÇÃO CALOROSA E CUIDADO COM NOSSA ESTADIA E CONFORTO, ALÉM  DE NOS PERMITIR CONHECER AS BELEZAS DE ITUAÇU E FIRMAR NOSSA PARCERIA!!



Portal de entrada da cidade de Ituaçu/BA. Foto GPME.
Sistema da Gruta dos Coroás e Cortinas. Foto de Pamela Nathara Youshimuta
Gruta da Mangabeira. Foto de Lucas de Souza
Lapa do Bode. Fonte: GAE Espeleologia
Espeleotema ornamentado na Lapa do Bode. Foto de Jaqueline Samila
Foto conjunta dos grupos GAE e GPME na Lapa do Bode. Foto de Lucas de Souza.
Lapa do Bode, Ituaçu, Bahia. Foto de Pâmela Nathara Yoshimuta.
Gruta do Atoleiro. Ituaçu, Bahia. Foto de Foto de Pâmela Nathara Yoshimuta
Espeleotema encontrado na Lapa do Bode, ainda não classificado. Foto de Jaqueline Samila.
Amblipígio – aracnídeo comum nas cavernas da Bahia. Registro na Lapa do Bode, Ituaçu, BA. Foto de Jaqueline Samila.

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