Acho que foi em 1987, época em que estávamos explorando a região da Onça Parda…
O grupo estava entusiasmado com a região, muitos abismos para explorar, redescobrir e fazer a topografia.
Numa dessas saídas para a Onça Parda, a equipe se dividiu de tal forma que Roberto, Caê, Ericson, Xisto …(não lembro direito) foram explorar um abismo que ficava bem próximo à trilha, enquanto eu e a Cris Iha resolvemos aguardar na trilha, pois não estávamos a fim de descer, porque logo retornariam e poderíamos atrasar o grupo.
Naquela época, usávamos bastante a escadinha de alumínio para descer em abismos.
Pois bem, ficamos esperando na trilha, conversando. Como começou a escurecer, resolvemos fazer uma fogueirinha para espantar os borrachudos.
Era aquele entardecer na natureza, trazendo um silêncio, aquele friozinho da noite no mato! Estávamos felizes, realizadas, confiantes que a equipe estava numa incrível exploração do abismo numa região tão bonita e imponente!
O tempo foi passando, a noite chegou e a contemplação de esperar na trilha foi interrompida por uma luz que surgiu do nada, no início da subida da trilha em que estávamos esperando…
Ficamos sem entender porque não tinha a altura de uma pessoa, tinha um movimento lento, às vezes desaparecia e aí já viu, começamos a ficar com medo por não entender! Apagamos a fogueira e ficamos em silêncio, paralisadas, esperando a aproximação da luz.
Mas qual não foi nossa surpresa?!!! Conforme chegava mais perto, reconhecemos a silhueta de um cavalo, ufa! Mas, e a luz? Com a aproximação, vimos o Luizinho, morador de lá, bem alcoolizado, montado, deitado sobre o cavalo, segurando uma lanterna sabe-se lá como, indo para casa!!! Ficamos impressionadas com o cavalo seguindo, lentamente, com seu dono!
Por fim, os meninos voltaram, para nosso alívio também!
Relato narrado por Maria Cristina Albuquerque (membro fundadora)
Minha irma aventureira
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