CARSTE FORMA UM ECOSSISTEMA FRÁGIL E SENSÍVEL

Fonte: ICMBio

Desenvolvidas não somente em rochas carbonáticas (calcário, dolomito), como também em quartzito, arenito,  minério de ferro e canga, entre outras litologias, as cavernas atribuem ao Brasil um grande e valioso patrimônio espeleológico. As cavernas, componentes de um sistema denominado carste, constituem ecossistema frágil e sensível em que pequenas alterações podem causar sérias ameaças à sua integridade.

Trinta e sete por cento (37%) das cavidades naturais subterrâneas disponibilizadas na base de dados geoespacializados do Cecav/ICMBio se encontram na Bacia do rio São Francisco. Na maioria das vezes esses ambientes estão submetidos a graves problemas ambientais, advindos, principalmente, de conflitos socioeconômicos ocasionados por empreendimentos ou atividades voltados para o uso e ocupação do solo e subsolo.

Entre eles estão as atividades de mineração, agricultura, pecuária, obras de infraestrutura e de geração de energia, desmatamentos, expansão urbana, turismo, agrotóxicos, e captação de água subterrânea e superficial.

Espécies ameaçadas 

Na região de abrangência do PAN das Cavernas do São Francisco também se encontram 11 espécies cavernícolas em casos críticos de ameaça, sendo três delas na categoria criticamente em perigo (CR) e oito na vulnerável (VU), de acordo com o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

As espécies são: Anapistula guyri, Charinus troglobius, Coarazuphium bezerra, Coarazuphium pains, Eigenmannia vicentespelaea, Giupponia chagasi, Iandumoema uai, Lonchophylla bokermanni, Lonchophylla dekeyseri, Stygichthys typhlops e Trichomycterus itacarambiensis.

 

Nota do GPME:

Em breve divulgaremos o artigo  “A Lista de Fauna Ameaçada de Extinção e os Entraves para a Inclusão de Espécies – o Exemplo dos Peixes Troglóbios Brasileiros” que será publicado na próxima edição da Revista Natureza & Conservação – Brazilian Journal of Nature Conservation, da ABECO (Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação), de autoria de Jonas Eduardo Gallão & Maria Elina Bichuette do Laboratório de Estudos Subterrâneos, Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

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